O livro de Cláudio Torres aborda tudo que você queria saber sobre Marketing e Publicidade na Internet e não tinha a quem perguntar.
Como todo primeiro capítulo, o autor elabora uma introdução: o histórico da evolução da Internet, contando seu nascimento que trouxe para o mundo dos negócios o acesso instantâneo às informações sobre produtos e serviços. Além disso, discute o papel do consumidor conectado a ela, apontando seus perfis e comportamentos. Intitulado "A Internet do consumidor", o capítulo afirma que não adianta ignorar a rede mundial de computadores, pois os milhões de usuários brasileiros vão continuar existindo, se comunicando e expandindo seu poder. Esses consumidores mudaram tão rapidamente que muitos ainda não conseguiram acompanhar a mudança, muito menos entender como e porque ela ocorreu.
A combinação dessa nova tecnologia com uma nova maneira de se relacionar com as pessoas gerou um processo não linear, liderado por grupos de internautas que, utilizando aplicações on-line, assumiram o controle, a produção e o consumo da informação, atividades que antes eram restritas aos grandes portais ou empresas. No entanto, vale ressaltar, essa grande mudança não foi de tecnologia, mas de paradigma. Como não há mais exclusividade de produção, nem na mídia nem no software, também não há mais distinção entre informação, entretenimento e relacionamento, não havendo consequentemente separação entre produtor e consumidor. Este último torna-se decisor, seja ele das classes A, B ou C, seja participante de redes sociais ou apenas leitor assíduo, apresentando comportamentos que muitas vezes ele não apresentava na vida real por estar limitado pelas restrições de tempo, espaço ou dinheiro.
As redes sociais consistem em um fenômeno e, junto com os blogs e outros sites colaborativos, criam as chamadas mídias sociais. O uso de estratégias como marketing de conteúdo nesses meios leva em consideração apenas regras informais. Para fazer uma boa utilização e atingir o público desejado, é necessário planejar para pessoas e não computadores, acreditando no boca-a-boca e nas ferramentas disponíveis. A Internet é, obviamente, um reflexo da sociedade, mas tem suas regras de interação próprias. O mais importante é que nós consigamos entender isso para poder definir o que nós esperamos encontrar em cada ambiente.
No segundo capítulo, "Conceitos do marketing digital", as principais terminologias relacionadas ao assunto são trabalhadas. O autor começar ressaltando que entender a Internet não é mais uma questão de opção, pois a ideia de que é possível fazer marketing sem ela não é mais válida. Utilizá-la efetivamente é o ideal, o que significa partir para a ação, criar uma estratégia de marketing ativo e garantir que ela seja efetiva. Antes disso, é de extrema importância conhecer não só os termos incomuns, que na verdade são bem simples de se entender, como também ter em mente que a rede é de fato criada e organizada por uma infinidade de empresas e pessoas que implementam pequenas partes do todo, sem que ninguém tenha o controle completo.
A Internet se tornou um ambiente online bastante complexo. Com a evolução das linguagens de programação voltadas às aplicações web foi possível criar websites cada vez mais complexos, além de diversos tipos de aplicações e componentes que são usados para a interação entre o internauta e o site, e até entre sites. Além disso, criou-se uma nova possibilidade de comercialização: a venda on-line através da loja virtual. Quem quebra primeiro o paradigma dessa venda em seu mercado ganha uma vantagem competitiva significativa, pois os consumidores estão lá buscando formas de se relacionar com sua marca.
O marketing digital completo deve ser composto por sete ações estratégicas: marketing de conteúdo, marketing nas mídias sociais, marketing viral, e-mail marketing, publicidade on-line, pesquisa on-line e monitoramento. Ao contrário do marketing convencional, na Internet os consumidores estão sempre inseridos em vários ambientes e contextos, de forma interligada e dinâmica. Isso significa que cada ação estratégica isoladamente pode e interferirá nas outras e, em muitos casos, é difícil separar de forma exata uma ação estratégica de outra. Estamos falando de um mundo de possibilidades criados na Internet, que permite que você faça mais e melhores negócios, com custos cada vez menores e consumidores cada vez mais fiéis.
O terceiro capítulo aborda o marketing de conteúdo, que dá nome ao mesmo. Qual sua importância para o consumidor e como ele pode ser utilizado, além do planejamento e um roteiro prático do seu uso, são apresentados de forma bastante didática. Para isso, o autor inicia contando que a Internet passou a estar recheada de informações produzidas e consumidas por todas as áreas do conhecimento, e que as ferramentas de busca em conjunto com os blogs transformaram as pesquisas por produtos por pesquisas por informações. Sendo assim, o volume de conteúdo é tão importante quanto sua qualidade, utilidade e relevância para o consumidor.
O marketing de conteúdo é o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o consumidor encontre, goste e se relacione com uma marca, empresa ou produto. A ideia é gerar conteúdo genuíno, útil e relevante para o consumidor, isento de interferência comercial, e ter a marca da empresa fixa na sua mente. Mas o conteúdo deve ser parte de uma estratégia de comunicação mais ampla e sua criação requer, sobretudo, planejamento, que consiste em definir "quem", "o quê", "como" e "onde". Após essa etapa, além da publicação e divulgação, é necessário o monitoramento dos resultados e a busca por outras plataformas para implementar estas ações.
Até a próxima!
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